domingo, 30 de setembro de 2012

Tendinite: sintomas, diagnóstico e tratamento desta inflamação


Se você sofre com a tendinite, este artigo vai lhe ajudar a diagnosticar e procurar o melhor tratamento. Se não sofre, aprenda a prevenir-se!

Como um complexo de ligamentos, as estruturas que compõe o sistema locomotor do corpo animal e, consequentemente do corpo humano, não envolvem apenas os ossos, que, na grande realidade não tem função de mobilidade, mas, principalmente estrutural, possibilitando então que, com o auxílio de seus ligamentos, articulações, encaixes, nervos, entre outros sejam possíveis os infinitos movimentos que realizamos dia-a-dia, conscientemente ou inconscientemente.

Uma dessas principais estruturas presentes no sistema locomotor, é justamente uma estrutura mole. Seja uma espécie de cordão de fibras ou uma simples fita fibrosa que é um tipo de tecido derivado do tecido conjuntivo. Essas fibras ainda, podem ser divididas em subclasses conhecidas como as colágenas, elásticas ou reticulares. Finalmente, após as classificações básicas teciduais, temos resultantes os conhecidos “tendões”.
 
Se o real responsável pelo movimento de um braço, por exemplo, não são os ossos que os compõe, então, qual estrutura nos possibilita isso? Quem pensou “tendão” passou perto, mas, errou. Na grande realidade os tendões auxiliam sim neste processo, inserindo-se ao osso e em uma próxima estrutura, bastante conhecida por nós: Os músculos. O exercício muscular que é transmitido ao osso ou ao conjunto de ossos, possibilitando os movimentos é então, por conseguinte, justamente essa ligação, ou, o Tendão.
Porém, diante do enfraquecimento dessa estrutura tão importante, seja ela por N motivos, pode-se passar a desenvolver um processo inflamatório na mesma, o que é conhecido como Tendinite.
Esse processo inflamatório é principalmente decorrente, em primeiro lugar, de uma mesma movimentação continua e/ou excessiva, seja em intensidade, durabilidade ou em ambos. Entretanto, o excesso dessa situação parece não ser o único grande responsável por causar esses danos: Lesões, doenças relacionadas ao sistema imunológico (auto-imunes) doenças sistêmicas, neuropatias e outros também contribuem largamente para que isso se desencadeie.

Fique atento aos sintomas e ao diagóstico!

A tendinite normalmente começa silenciosa, assim como grande parte de algumas doenças. Entretanto, apesar de muitas vezes desconsiderarmos importantes sinais do corpo, faz-se necessário que atentemo-nos aos principais indícios que podem nos cogitar uma possível hipótese de tendinite. Entre os principais sinais ou sintomas estão a vermelhidão local, dor ou excesso de sensibilidade próximo ou na articulação envolvida, dores excessivas, principalmente no frio e no período noturno, diminuição da força local, etc.
Obviamente, por pequenas dores, dificilmente alguém procuraria ajuda médica e, claro, devemos ser um tanto quanto sensatos a isso, entretanto, vale lembrar que aos sintomas mais fortes, um prognóstico e, consequentemente um diagnóstico médico é fundamental. Entre os exames mais comuns feitos por um ortopedista estão os de imagem como a radiografia, o ultrassom ou uma ressonância magnética, sendo que a necessidade e a complicação já existente de cada caso irá definir os melhores caminhos.
Individualizando o tratamento de acordo com as necessidades de cada paciente, o médico pode optar por tratá-lo de inúmeras maneiras: primariamente, com aplicações de frio ou calor, seguido de imobilizações através de suportes, como uma tipóia, através da utilização de antiinflamatórios, de injeção de medicamentos esteróides, fisioterapias e, em tempo, algum tipo de cirurgia para casos graves.
Solucionando o problema, ou pelo menos reduzindo sua intensidade então, no período de recuperação, sugere-se que as funções que o indivíduo pratica e que envolvem movimentos repetitivos ou muito desgaste para aquela região sejam significativamente reduzidas, ou, simplesmente tiradas de consideração. Porém, caso isso não seja possível, o mesmo indivíduo pode vir a correr problemas mais sérios, tais quais o rompimento daquela região afetada e perda de força/sensibilidade.

As principais formas de prevenções e a musculação aliada a isto:

As recomendações que faz-se para alguém com tendinite, ou também, para evitar que haja uma inflamação em outros produtos da marca são: Evitar movimentos repetitivos, fazer trabalhos de flexibilidade a fim de sempre manter-se bem, procurar um bom modo de se aquecer antes de atividades físicas, porém, lembrando sempre que esse aquecimento jamais deve interferir negativamente, por exemplo, na realização de um exercício ou treinamento com o máximo de intensidade.
Já a musculação pode ser uma grande aliada na prevenção e no auxílio do tratamento: Se bem nos lembrarmos, a mesma possui efeitos relacionados a sínteses nas mais diferentes estruturas do corpo, fazendo assim com que, inevitavelmente essas estruturas passem a sofrer certa mitose, o que, por conseguinte pode significar renovação celular. Logo, isso pode vir a ser benéfico nessas regiões. Mas, claro, não espere milagres sem uma boa alimentação e, claro, treinamentos coerentes bem elaborados por um profissional que entenda bem de biomecânica. A musculação ainda, envolve movimentos de encurtamento, mas também, de movimentos de alongamento. Isso torna-se útil pelos motivos já citado anteriormente.
Dica rápida: Não confunda tendinite com bursite
Apesar de muitas vezes serem extremamente parecidos, serem processos inflamatórios, existem pequenas diferenças marcantes entre as duas doenças: Na tendinite, há uma inflamação que se caracteriza apenas por vermelhidão, dor e calor no local afetado. Já a bursite, envolve uma bolsa de líquidos na região afetada. Essas bolsas normalmente localizam-se onde há tendões e músculos que passam por cima de um determinado osso.
Assim, por conseguinte, é necessário diferenciá-las para que então seja possíve a escolha do melhor método para tratamento, inclusive e principalmente os relacionados a termoterapia visto que aplicações de calor ou frio fazem com que os vasos da região afetada se dilatem ou simplesmente se constrinjam. Portanto, o auxílio médico é indispensável.
E então, agora que você conhece a tendinite, vale a pena, aos primeiros sintomas e sinais, buscar auxílio médico, a fim de sempre minimizar a série chance de complicações.
Bons treinos!!
Artigo escrito por Marcelo Sendon

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Dica rápida: Treine o corpo sempre por igual


Entenda por que definir uma metodologia de treino que se aplique ao corpo todo é essencial para o desenvolvimento muscular como um todo.

Durante o tempo que passamos em um ginásio de musculação, passamos a desenvolver habilidades maiores e menores em alguns músculos geneticamente projetados para serem daquela forma de maneira individual e singular e, claro, passamos a desenvolver também nossas preferências por esse ou aquele grupamento muscular, por esse ou por aquele exercício ou forma de execução específica e assim por diante. Não é a toa que, se bem observarmos, temos culturistas com deltóides mais “shapeados”, mas, sem boas panturrilhas, outros que possuem ótimos quadríceps, mas deixam a desejar com os tríceps, outros que possuem bom trapézio, mas, possuem o abdome dilatado demais etc. E, talvez seja mesmo isso que torne a musculação um esporte tão interessante e singular. Essas inúmeras formas que temos de obter resultados a faz um esporte totalmente diferente e atípico.

Porém, durante o desenvolvimento dessas preferências e, por hora também desses desenvolvimentos específicos é absolutamente normal que acabemos por inconscientemente dar melhor ênfase nesses grupamentos que temos não só mais facilidade, mas também, maior preferência também. Quem, por exemplo, por gostar do treino de peitorais não se anima mais ao treinar os mesmos e, por não gostar do treino de dorsais vai para a academia apenas por necessidade de fazê-lo? Por mais que você dê seu 100% no treino de dorsais, sempre tenderemos a ter um “101%” no treino de peitorais. Mas, não vejo isso como um erro e sim como algo um tanto quanto inevitável. Por conseguinte, isso, pode, se feito por longos períodos, causar um grande desnível entre a simetria de um shape “ideal”. Além do mais, se estivermos falando especificamente de algumas formas de treinamento, a coisa pode se tornar mais séria ainda.
 
Bem, vamos explicar um pouco melhor o que quero dizer: Suponhamos que um indivíduo tenha uma enorme facilidade e um ÓTIMO desenvolvimento dos membros inferiores, em especial os quadríceps e as panturrilhas, não dispensando, por hora, os glúteos, femorais e toda região posterior das pernas. Suponhamos que esse mesmo indivíduo, em contrapartida, também tenha não só dificuldade, mas também, uma necessidade de melhor desenvolvimento do peitoral e dos tríceps. Diante disso, imaginemos que, um treino de pernas para essa pessoa pode ser extremamente e, por mais intenso e dedicado que também seja o treinamento de peitoral e/ou tríceps, sempre teremos essa tal diferença.
Então, esse indivíduo opta por fazer treinamentos de força para o peitoral, com treinos tensionais, técnicas que o possibilitem buscar um aumento de força e, claro, consequentemente na hora de trabalhar unicamente para a hipertrofia, obter melhor performance, afinal, a força não é o principal fator que o fisiculturista deve se preocupar, mas, certamente ela é um fator bastante importante.
Já para as pernas, como ele possui ótimo desenvolvimento, passa a fazer treinamentos metabólicos, visando então uma especialização naquela musculatura.
Aparentemente, não há nada de errado. Nos parece óbvio que, se ele possui já um volume adequado, pode então começar a especializar aquele grupamento, melhorando qualidade, densidade, cortes etc. Porém, isso é só uma mera aparência mesmo…
Quando fazemos isso, basicamente temos dois problemas principais:
O primeiro deles é o fator dietético. Visto que o treinamento do fisiculturista no decorrer do offseason e do onseason muda pouco, sendo sempre o mais intenso possível , então isso já não justifica o fato de “treinarmos de duas formas” no mesmo período. É como relembrar aquela velha história de perder gordura e hipertrofiar a musculatura de maneira significativamente grande: Paradoxal por completo. Assim, se determinados treinos requerem necessidades dietéticas diferente, não podemos alterar dia-a-dia o protocolo dietético de maneira tão significativa assim, a não ser que estejamos falando de algum tipo de ciclo entre nutrientes, como normalmente ocorre com os carboidratos.
Bem, se lembramos então disso, começa a não ser tão lógico como em primeira vista fazer um tipo de treino para uma parte do corpo e outro para outra. Isso pode vir a dar certo? Até pode, mas não é algo recomendável. Flex Wheeler é um bom exemplo que isso deu certo, visto que o atleta fazia treinos extremamente volumosos para as pernas e treinos muito mais curtos para os membros superiores e tinha ótimo desenvolvimento. Enfim…
Porém, para a maioria de nós mortais, isso realmente tende a não dar nem um pouco certo. Se pensarmos que o corpo funciona sinergicamente e que a musculação em si não é um trabalho que possa envolver um único músculo, mas, uma gama deles, contanto os músculos principais em um movimento, seus auxiliadores, o sinergismo entre outros músculos, os estabilizadores, etc, veremos o quão importante é que possamos treinar o corpo efetivamente da mesma forma. Complexo? Basicamente, o que quero dizer é que, quando treinamos peitorais, por exemplo, os deltóides são músculos que participam ativamente da maioria ou se não se todos os movimentos que envolvem aquele treinamento. Assim, por mais força que busquemos em um treino de peitorais, sem deltóides fortes (e, claro tríceps fortes) fica difícil atingir o objetivo inicial. Assim, fará também necessário que busquemos treinamentos de força no dia de deltóides e, por conseguinte, no dia de tríceps também. Do contrário, não só o objetivo não é alcançado, mas, o eu é pior, podemos acabar por acarretar lesões ou desníveis musculares.
Uma coisa é especializar determinada musculatura que já é melhor desenvolvida em nosso corpo juntamente com o mesmo método de treino que estamos usando no corpo inteiro, outra bem diferente é usar diferentes métodos na mesma época para as diferentes partes do corpo, lembre-se disso!
Conclusão:
Apesar da importância de dosar uma simetria muscular e desenvolvimento completo e, por igual do corpo, faz-se necessário com que tenhamos cuidado ao buscar diferentes métodos de treino para as diferentes partes do corpo. Mais do que, simplesmente escolher formas diferentes de treinar cada músculo, é necessário que eles, de maneira combinada acompanhem uns aos outros nos treinamentos, visto a necessidade que há da sinergia que ocorre entre os diferentes grupos durante uma sessão de musculação.
Além disso, se, teoricamente e inconscientemente temos maior preferência por determinado grupamento, a tendência é que o treinemos com uma altíssima intensidade e foco, por isso, de alguma forma, buscar uma motivação extra para os grupamentos que menos temos preferência de treinar, é fundamental para garantir o máximo de intensidade em todos os treinos.
Bons treinos!
Artigo escrito por Marcelo Sendon