Quando
falamos em musculação qual a primeira imagem que vem à sua mente? Para a
grande maioria das pessoas a musculação se associa com bíceps
hipertrofiados, músculos abdominais bem definidos e coxas bem torneadas.
Não que essas imagens sejam desagradáveis, pelo contrário, são
agradáveis de se ver e por isso se tornaram cobiça de um novo público
que lota as salas de musculação em busca de corpos perfeitos.
Não
é novidade para ninguém o quanto os padrões de estética atuais estão
cada vez mais exigentes e menos maleáveis. Isto leva muitas pessoas a
ignorarem seu padrão genético e cegamente partirem em busca do eldorado
do corpo perfeito. Mulheres brevelíneas, de grande compleição óssea, com
pais obesos e não atletas muito dificilmente se tornarão atléticas como
a Madonna.
Os
resultados obtidos não dependem portanto unicamente do treino que é
aplicado. É claro que a maneira, o tipo, a ordem, a freqüência e a
intensidade dos exercícios, além dos períodos de repouso necessários para o anabolismo,
são muito importantes e devem ser orientados por um profissional
competente, no entanto muitas vezes nos esquecemos de outros fatores que
são tão ou mais importantes que os fatores citados. Dentre estes
citamos:
[ad#2]ü Condicionamento cardiorespiratório prévio
ü Flexibilidade
ü Presença de fatores limitantes prévios como seqüelas de traumas ou doenças cardíacas, por exemplo
ü Tipo de alimentação
ü Hereditariedade: a miostatina é uma substância cuja quantidade de produção é regulada geneticamente. Essa substância dificulta a produção de massa muscular. Isto é, um indivíduo com muita miostatina dificilmente obterá grande ganho de massa muscular, mesmo treinando de modo adequado. Outras pessoas, pelo contrário, após um período de treino relativamente mais curto e com menor carga, obtêm como resposta uma visivel hipertofia.
ü Flexibilidade
ü Presença de fatores limitantes prévios como seqüelas de traumas ou doenças cardíacas, por exemplo
ü Tipo de alimentação
ü Hereditariedade: a miostatina é uma substância cuja quantidade de produção é regulada geneticamente. Essa substância dificulta a produção de massa muscular. Isto é, um indivíduo com muita miostatina dificilmente obterá grande ganho de massa muscular, mesmo treinando de modo adequado. Outras pessoas, pelo contrário, após um período de treino relativamente mais curto e com menor carga, obtêm como resposta uma visivel hipertofia.
Esses
fatores explicam porque dois amigos que começaram a treinar juntos e
que fizeram o mesmo treino por determinado período tem respostas tão
diferentes ao treinamento.
Particularidades da Musculação
A
musculação é um tipo de exercício resitido, com variáveis de carga,
amplitude, tempo de contração e velocidade controláveis. Desse modo pode
ser aplicada da forma isométrica (contração mantida), isocinética (com
velocidade angular constante) ou isotônica (alternância de contrações
concêntricas e excêntricas ), contínua ou intervalada, suave ou intensa,
com recursos aeróbios ou anaeróbios. Ou seja tudo é possível! Esta
possibilidade de controle de tantas variáveis torna a musculação uma
atividade física altamente versátil que pode ser usada para diferentes
objetivos.
Que tal começarmos com
ganho de massa muscular, já que esse aparentemente é o objetivo da
maioria dos freqüentadores de nossa sala?
Ganho de massa muscular
A musculação leva ao aumento do volume muscular através dos seguintes mecanismos:
O
treino com carga máxima ou submáxima leva a um aumento da permeabilide
celular da miofibrila ao cálcio. O aumento da concentração intracelular
de cálcio leva a um aumento da atividade das enzimas proteolíticas com
conseqüente quebra de proteínas em aminoácidos.
Estes através da gliconeogenese são utilizados para obtenção de
energia. Essa quebra de proteínas caracteriza um processo catabólico,
que constitui um estímulo para a síntese de novas proteínas. A
hipertrofia nada mais é do que uma resposta supercompensada a essa
destruição. Para que esse último processo seja eficaz é importante
frisarmos que é necessário que haja uma pausa mínima de intervalo entre
os treinos que trabalhem os mesmos grupos musculares. Daí vem a
recomendação de se trabalhar grupos musculares em dias alternados, caso
contrário o efeito obtido será a perda e não o ganho de massa muscular.
Lembre-se então: treinar em excesso pode ter o efeito inverso do que
você imagina!
Até muito recentemente
acreditava-se que o aumento da massa muscular decorria basicamente da
hipertrofia. Estudos recentes (Jan/2001), demonstraram a ocorrência de
hiperplasia celular muscular. Como evidências apontam a presença de
células satélites pluripotentes dentro da membrana das miofibrilas, que
sob o estímulo tensional se multiplicam. Depois de se multiplicarem
entram no citoplasma da miofibrila onde se diferenciam em novos núcleos
que se projetam para fora (meio extracelular) através de tubos
lipídicos, formando novas células.
O
aumento do volume da fibra muscular é decorrente principalmente de uma
maior vascularização e do maior conteúdo de água no músculo O exercício
promove um acúmulo de glicogênio
muscular. Para coda grama de glicogênio muscular, deslocam-se para
dentro da miofibrila três gramas de água, ficando assim o músculo mais
hidratado e “durinho”.
Se seu
objetivo é hipertrofia o treino ideal é aquele orientado por um
professor de educação física capacitado, com uma carga intensa e com
intervalo suficiente para permitir o anabolismo rebote. Vale a pena
citar aqui a importância de uma alimentação balanceada e rica em
proteínas, mas isso é assunto para um outro artigo…
Para
os que não buscam hipertrofia na sala de condicionamento e para aqueles
que, pelo contrário, morrem de medo de se tornarem sósias do incrível
hulk, não se preocupem: a possibilidade de se trabalhar com diferentes
cargas e repetições permite que seu professor monte um treino sob medida
para você. Porém não se esqueça do que frisamos no início do artigo:
lembre-se treino não é tudo e você carrega consigo uma carga genética
que não vai mudar com o treino. A não ser que o Lamarkismo tenha voltado
a moda!
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